Orifício Culposo: dezembro 2013

24 de dezembro de 2013

O chá que ela não tomou



Queria sumir por uns dias 
Sumir por uns meses
Por uns anos 
Décadas.

Por tudo
Por nada 
Por não ter tido 
Por tanto querer 
Por nada querer 
Nada ter.

Não sei bem como começou essa onda que me joga para todos os cantos, menos o meu. 
Não sei quando invadiram o meu cantinho. O meu lar. 
Às vezes, eu insisto em suspirar, bocejar, desejar aquilo que é tão pouco compreendido. 
Queria só ficar ali. Só. Ah. Nada mais.
Vivo vivendo vidas que não me cabem. Subjetivando o que não quero. Ansiando pelo que não vem.
São tantas angústias desgastadas. Tantas lágrimas não expostas. Tantas coisas que calei por apenas calar.  

Lá fora, agora, os fogos anunciam o que não sou. O que nunca quis. O que nunca fui.

O meu som nunca bate com o do mundo,
e o meu chá de sumiço nunca vem.

22 de dezembro de 2013

Que o Natal seja doce

“Estou participando do concurso cultural “Natalizando o meu livro favorito” e quero meu presente de Natal em livros da Saraiva".

Minha frase:

Era noite de Natal. E quando os sinos tocam, algo dentro de mim também toca anunciando dias melhores. Ainda há quem ignore o fato n'O Morro dos Ventos Uivantes, mas aqui embaixo, bem onde o sol sempre vem e as luzes natalinas reluzem, os corações batem somente um som. Apenas um grito de esperança. Um sussurro que o morro há de ouvir.